Não fugi, não morri, não emigrei, nada.
Sei que tenho andado desaparecida mas Abril foi um mês complicado. Como sabem tive de começar a fazer uma medicação anti-depressiva que me deixava de rastos e basicamente me fazia dormir 24h por dia se me fosse permitido. Adormecia no trabalho, sair era mentira e mal chegava a casa ia logo para a cama sendo que muitos dias nem tinha tempo para jantar porque já ia a cair de sono. Por essas razões e mais algumas, tive de ficar um bocadinho afastada do blog. Porque simplesmente não conseguia, por muito que me lembrasse, por muito que gostasse de vir aqui simplesmente não conseguia.
Felizmente já alterei umas coisas na medicação e já me sinto bem melhor. Já consigo parecer normal e começar a levar uma vida mais normal, se bem, que continuo a dormir muito, bem mais do que o que era normal. A sestazinha ao sábado à tarde não escapa, coisa que dantes era impensável.
Depois... Depois ganhei força, achei que tinha que me levantar que me por de pé e seguir em frente, que quanto mais pensasse nos problemas maiores eles pareciam e pior eu ficava. Precisava de arregaçar as mangas, de correr e agarrar a vida. Agarrei-me ao que gosto, ao namorado que adoro, aos meus pais, ao meu irmão e a
um passatempo novo que já partilhei com vocês. Nunca pensei mas tem-me feito muito bem, deu-me força, vontade de trabalhar, vontade de viver.
Felizmente a aceitação também tem sido muito positiva, tenho vendido várias coisinhas, tenho recebido algumas encomendas e isso da-me força. Saber que as pessoas gostam do que eu faço, que querem mais, dá-me força e vontade de fazer ainda mais.
Agora sinto-me viva. Sou sincera, há um mês atrás sentia-me morta. Era um zombie. Andava de pé porque era obrigada a isso, caso contrário recusava-me a sair da cama.
Ainda tenho muito que trabalhar, algumas coisas para mudar, ainda me apetece muito ficar no meu canto e não pode ser, mas sem duvida que estou muitooooooo melhor que há cerca de um mês atrás. Tenho de agradecer principalmente ao meu namorado, que tem sido um doce, com uma paciência do tamanho do mundo para aturar estas minhas neuras. Sem ele eu não era nada. Agradecer aos meus pais, que me deixavam estar no canto sem me chatear e me faziam a papinha toda só para eu não me enervar. Ao meu irmão, porque eu era chata com ele, queria dormir a toda a hora e ele coitado não podia ouvir a sua musiquinha alta, não podia ver tv alta porque lá está, eu sou mesquinha. E a vocês, por não me abandonarem e não saírem daqui para fora. O meu muito obrigado!!!
